Durante muitos anos reinou no Brasil a presença de parlamentares verdadeiramente analfabetos, alguns sem condições até mesmo de escrever e ler seu próprio nome.
É evidente que o projeto, título deste artigo, jamais partiria de um parlamentar, afinal, sempre se valeram dos chamados “puxadores de votos” que realmente tinham contato direto com a comunidade e acabavam também sendo votados e eleitos.
Foi em julho de 2000 que Jomateleno dos Santos Teixeira, diretor presidente do Elo Social, após estudar atentamente o código eleitoral, percebeu que não estava sendo cumprido na íntegra e marcou na Capital de São Paulo o primeiro “Provão para cargos legislativos”.
Devido à omissão dos tribunais eleitorais, a prova teria de ser aplicada pela instituição Elo Social, que para tal alugou o ginásio do Anhembi.
Qual não foi a surpresa o número ínfimo de inscritos, e a prova teve que ser cancelada, como se pode constatar na matéria jornalística abaixo:
O Tribunal Eleitoral, porém, que fora intimado da iniciativa para efeitos de fiscalização, achou por bem entender e acatar o pleito do Elo Social para as próximas eleições.
O resultado foi altamente satisfatório, visto que o número de candidatos que foram reprovados foi imenso e até a data de hoje ainda são aplicadas essas provas, infelizmente não com o projeto inteiro do Elo Social, visto que no projeto inteiro, além de saber ler e escrever, teria uma prova escrita com 30% do conteúdo sobre a constituição federal e 30% sobre a Constituição Estadual, essas com direito a consulta, e mais 40%, no caso dos vereadores, sobre a Lei Orgânica do Município, esta sem consulta.
A prova teria ainda uma redação sobre o que é um projeto de lei, ou o que é uma ação civil pública, ou ainda o que é improbidade administrativa, ficando o tema por livre escolha do candidato.
Essa é mais uma matéria para aqueles que duvidam da força que tem a cidadania em nosso país e é por esse motivo que afirmamos “não existir governo ruim para o povo que conhece os seus direitos”.
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